O louco que não é louco
Se perdeu na loucura alheia,Não, nãoSempre, sempre.Meus olhos já não suportamTantas palavras ao meu redorComo se fossem imagens.Tem momentos que elas chegamAté minha garganta,Então as engulo novamente,Porém elas me perseguem como um tormento.Me sufocando constantemente,Tirando de mim o pouco arQue ainda me resta.As vezes vem em uma enxurradaE as vezes simplesmente me fogem.E novamente, novamente o homemLouco, que não é louco, acaba sePerdendo, e tenta gritar, tenta se expressar,Pelo ao menos uma vez.Mas ele acaba se perdendoNovamente na loucura alheia.
Comentários
Postar um comentário